domingo, 8 de fevereiro de 2009

Amsterdam - Anne Frank House

Como não poderia deixar de ser visitamos o Anne Frank House, localizada na rua Prinsengracht 267. Anne e sua família foram vítimas do nazismo durante a segunda guerra mundial. Para escapar da morte e dos campos de concentração a família Frank resolveu esconder-se no interior da sua própria casa, onde permaneceram por mais de mais de 2 anos, enclausurados no anexo da casa. Neste período Anne Frank com 14 anos escrevia em seu diário o cotidiano do esconderijo e os sentimentos provocados pela clausura. Depois de serem delatados, os integrantes da família foram levados para um campo de concentração, onde Anne veio a falecer de tifo poucas semanas antes do fim da guerra em 1945. Somente o pai sobreviveu ao nazismo. Ao retornar a sua antiga casa encontrou o diário da filha e resolveu publicá-lo. Hoje é possível encontrar o mesmo em mais de 68 línguas.
Além disso, a casa onde moravam foi transformada em um museu, que atrai diversos turistas o ano todo. Exigindo um pouco de paciência para aguardar na fila que se forma constantemente em frente ao prédio. A foto abaixo foi copiado de um blog, já que eu não tinha nenhuma na minha máquina.
O lugar é incrível, até porque o esconderijo foi mantido quase que intacto, com os móveis, as fotos, roupas de cama e etc da época. Além disso, diversos vídeos contando a triste história da família impressionam os visitantes. Pelas paredes e sala da casa também são apresentados diversos trechos do diário, que tocam o coração de quem lê. Imaginar-se naquela situação sem poder ver a luz do dia ou sentir ar fresco por 2 anos. Após o almoço Anne dedicava-se a escrever no diário e estudar matemática, história e etc.

"É realmente inexplicável que eu não tenha deixado de lado todos os meus ideais, porque eles parecem tão absurdos e impossíveis de se concretizarem. Mesmo assim eu os conservo, porque ainda acredito que as pessoas são boas de coração. Simplesmente não posso edificar minhas esperanças sobre alicerces de confusão, miséria e morte. Vejo o mundo gradativamente se tornando uma selvageria. Escuto o trovão se aproximando, cada vez mais, o que nos destruirá também; posso sentir o sofrimento de milhões e ainda assim, penso que tudo irá se corrigir, que esta crueldade também terminará. Enquanto isso, preciso adiar meus ideais para quando chegarem os tempos em que talvez eu seja capaz de alcançá-los." (15 de julho de 1944)


A entrada do esconderijo encontra-se atrás de uma estante de livros, que abrigar uma estreita estrada que dá passagem ao anexo. Não se pode tirar fotos no interior do museu.
Como já faz um tempo que o visitei também não lembro com precisão dos detalhes para postar aqui. Me recordo de um lugar totalmente escuro, sem nenhuma luz direta, e com pequenos cômodos. Um dos pontos críticos era a falta de comida, pois era difícil justificar a aquisição de um número maior de bens alimentícios suficientes para alimentar mais de cinco pessoas. A maturidade a forma com que Anne descreve os fatos é estonteante. Me arrependo de não ter comprado o livro, pretendo fazer isso nos próximos meses.

Achei esse link no youtube mostrando um pouco a vida de Anne.
Baci a tutti! Quando visitarem Amsterdam não deixem de ir neste local.

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