quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Berlin - Parte 3

Este post é dedicado ao Checkpoint Charlie um posto militar entre Berlin oriental e ocidental. O posto era o único local desse tipo que possibilitava a passagem dos aliados para o lado oriental. O local é um marco da guerra fria e, considerado por muitos, a porta da liberdade, já que inúmeras fugas foram executadas por esta passagem.
Começamos explorando o lugar lendo os diversos posters que contam a história da divisão de Berlin.Um dos marcos da história foi a Revolução de 1848. Neste período a URSS impediu o abastecimento por terra da cidade de Berlin, instaurando a crise total. Para contornar a situação os países aliados pagaram o preço alto de sustentar a cidade por vias aéreas. Nessa época a população ainda lotava as ruas como forma de protesto pela opressão.A opressão era gigante do lado soviético, por isso os habitantes de Berlin queriam passar a todo o custo para o lado aliado, ato que foi totalmente proibido em 1961. O que causou grande comoção em todo o mundo. Família, casais, e amigos foram separados. Não era possível nem mesmo cruzar o muro para uma simples visita. Pessoas que habitavam um dos lados e trabalham no outro perderam seus empregos.
Por toda a cidade ainda é possível ver as marcas do muro, pois nos locais onde ele passava foi deixado um rastro de pedras diferente do pavimento original, e de longe em longe, existem placas como a da foto abaixo.No dia 27 de outubro de 1961, 10 tanques soviéticos ficaram frente a frente com outros 10 tanques americanos, bem no meio da cidade. O clima era de tensão grande entre os EUA e a União Soviética. Ambas as forças esperam apenas uma ordem de comando para disparar.
O muro caiu em 1989 e a nossa visita foi exatamente nos dias de comemoração dos 20 anos da queda do muro.O posto original do Checkpoint Charlie foi substituído por uma réplica e o lugar era a grande atração, já que estávamos bem na semana de comemoração da queda do muro. O lugar estava um furdunço, e os dois homens com uniformes cobravam um euro pela foto. Uma mina de dinheiro!Para aproveitar o sol continuamos a nossa pedalada e deixamos a visita do museu do Checkpoint Charlie para fazer durante à noite. O lugar fica aberto até às 22:00. E vale a pena visitá-lo para conhecer as mais loucas estratégias de fuga usada pelos alemães, desde balões de ar, malas com fundos falsos, carros alterados, até uma catapulta que joga as pessoas por cima do muro. Uma doideira só. O museu no início parecia pequeno, mas no meio da visita eu já estava exausta de saber tantas coisas sobre a história triste do muro e de pedalar o dia inteiro, então só pensava em ir para casa. Mais informações sobre o museu podem ser vistas aqui.
Por aqui também estava estacionado o companheiro de viagem dos alemães: Trabant ou Trabi. Esses carros tinham uma carroceria de plástico, similar a fibra de vidro, porém mais barata. Os mesmos marcaram a Guerra fria e desapareceram com o seu fim, mas ainda hoje estima-se que existam 200 mil exemplares rodando por aí.Alguns deles estão em Berlin e podem ser alugados por turistas durante passeios diários. Outra opção, são os ônibus turísticos, bem chicosos que durante o trajeto conta a história de Berlin.Perto dos carros encontramos essa obra de arte, que não tinha nada por perto explicando o seu significado. E para falar a verdade, acho que ela não combina nada com a arquitetura das antigas casas ao seu redor.Mais tarde tento contar mais um pouco da viagem, já que a minha memória está me traindo e eu não estou lembrando facilmente dos detalhes! :)
Baci

4 comentários:

Judi disse...

We had a Trabant for more than 15 years :) I really loved it! It was blue like on the pic.

Patricia disse...

uauuu! Amazing!! They seem toys! :)

Judi disse...

yes they look like, but it took us to Finland from Hungary... it's lovely :)

Patricia disse...

More amazing then!

ciao ciao